ORGANIZAÇÃO DA PASTORAL SOCIAL DE UMA PARÓQUIA (3)
COMO AGIR – Numa primeira fase, a tomada de consciência pela Paróquia e pelo Conselho Pastoral Paroquial…
COMO AGIR
Numa primeira fase, a tomada de consciência pela Paróquia e pelo Conselho Pastoral Paroquial, da necessidade de tornar toda a comunidade paroquial sujeito do testemunho da caridade, constituindo-se um pequeno grupo de pessoas encarregadas de efectuar o levantamento do território em ordem às pobrezas e recursos existentes.
O pequeno grupo (PG) pode ser formado por membros do Conselho Pastoral, desejavelmente das diferentes comissões (catequese, liturgia e caridade), por representantes do centro de atendimento, dos grupos e das associações de voluntariado existentes na paróquia.
Também a presença de peritos como sociólogos, assistentes sociais, educadoras e outros, pode ser preciosa.
Formado o grupo 12/15 pessoas no máximo, passa-se à segunda fase que será o levantamento das pobrezas e recursos do território.
A terceira fase será a da leitura, para se obter uma radiografia mais técnica das necessidades.
A quarta fase é a hora de traduzir a hipótese de projecto pastoral de caridade, num itinerário concreto da animação da comunidade paroquial.
É esse o tempo da criatividade. É necessário pensar em como envolver a todos – catequistas, animadores litúrgicos, agentes da caridade.
A quinta e última fase serve, por fim, à realização de gestos e iniciativas significativas em relação às pobrezas encontradas. O centro de atendimento renovado, o nascimento de um grupo de voluntariado ou a chegada de novos voluntários, sancionarão de facto, o empenho da comunidade paroquial.
PROJECTOS
É fácil na animação da caridade, cair no “assistencialismo” e no “emergentismo”, isto é, cair naqueles processos de continuo tapamento e ultrapassagem das necessidades e pobrezas, sem nunca se chegar a encontrar a sua solução, aprofundando-se as causas ou, menos ainda, projectando a sua transformação.
A elaboração única de respostas imediatas e ocasionais, guiadas mais pela emotividade do que pelo aprofundamento dos problemas na sua complexidade, gera frequentemente uma atitude assistencial em quem presta um serviço e uma progressiva dependência em quem o recebe.
Em resumo, trata-se, portanto, de pensar juntos a caridade como acontecimento de projecto tendo em vista uma mudança.